quarta-feira, 27 de março de 2019

Donas de Casa viram strippers virtuais

Por ganho extra, donas de casa viram strippers virtuais

Escondida do marido, paulista ganha R$ 5 mil com show erótico via web cam
Sem mostrarem rosto, elas contam ao G1 trabalhos com webcam e laptop

Para assistir a dez minutos de show erótico, por exemplo, o cliente precisa depositar até R$ 25 na conta bancária da dona de casa. Depois disso, basta ligar o computador, acessar a internet, adicionar o endereço eletrônico da “artista” e interagir ao vivo pelo microfone e teclado.
Mas nem tudo que eles pedem é aceito por essas mulheres. Mostrar o rosto ou revelar o nome está fora de cogitação para elas. Anonimato é o segredo do negócio para a dona de casa paulista de 42 anos que há quatro adotou o apelido de ‘Bruna Sexy’. Católica, com diploma universitário, casada, com um filho de 17 anos, ela contou ao G1, pelo MSN e por telefone, que os dois não sabem o que ela faz enquanto estão fora trabalhando e estudando.
“Não vejo necessidade de dizer ao meu marido e ao meu filho que faço shows eróticos na internet. Acho que eles não iriam gostar”, escreveu ‘Bruna Sexy’ enquanto teclava sozinha, na comodidade de seu lar, na Zona Sul de São Paulo. “Não acho que o que faço seja traição. É uma fantasia sexual de alguém querer ver uma mulher casada nua, como um filme erótico ou uma Playboy. Quem fica pelada está traindo? Quem lê a revista trai? Não, né?!”
Como ‘Bruna Sexy’, ela relata que alcança uma renda mensal de até R$ 5 mil, sem sair de casa ou manter relações sexuais, apenas com a comercialização dos vídeos e artigos com sua marca. “Também vendo as calcinhas que uso nas apresentações. Elas vão com o meu cheirinho”, contou ela, que trabalha das 8h às 17h, de segunda a sexta.
Ex-vendedora de artesanato, ‘Bruna Sexy’ mergulhou de cabeça no mundo das strippers virtuais após se ver endividada e sem um tostão para custear o tratamento do pai. “Depois de cuidar do meu pai, vi que precisava ganhar dinheiro. Sempre gostei de sites de relacionamentos, de sexo e de me exibir na web, me insinuando, brincando. Então pensei por que não começar a cobrar por algo que eu gostava de fazer de graça?”, escreveu. "Quando comecei a cobrar, descobri que os homens adoram meu bumbum. É a primeira coisa que pedem para ver."
Quem quiser ver mais da loira, de 1,60 metro e 50 kg, mantidos a custo de muita malhação, pode acessar o site e o blog que ela criou para administrar seu serviço, agendar e divulgar seus shows em sites de sexo ou pelo whatsapp. Morando em Moema, um dos bairros nobres da capital paulista, ‘Bruna Sexy’ informa que tem uma vida confortável agora.
Indagada até quando pretende continuar a trabalhar como stripper virtual, ela respondeu: “Até ficar velhinhaaaa. Tem clientes para todas as idades".
Colegial e chapeuzinho vermelho
Geralmente, quem paga pelos serviços das strippers virtuais são homens casados, na faixa dos 30 anos, que têm fetiche pelas fantasias (colegial e chapeuzinho vermelho são as mais pedidas) e brinquedos (vibradores, chicotes etc) que elas usam para diverti-los na web. Eles também não resistem à tentação de se mostrar nas câmeras para essas donas de casa. O que para as profissionais é uma garantia de conferir se a outra pessoa é mesmo adulta e não um garoto babão.
Para se tornar 'Lili Webgata' e também tirar a roupa por dinheiro, a morena de 30 anos, de família evangélica, segundo grau completo, com 1,70m e cintura “pilão” foi obrigada a pôr fim ao casamento de oito anos. Há três anos, ela realiza a fantasia sexual dos ávidos internautas também de sua casa, na região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, sempre das 23h até as 2h.
“Já entrava em sites de relacionamentos escondida do meu marido na época. Eu só não contava nada para ele. Já me exibi tanto de graça. Sim! Eu fazia isso. Por quê não fazer sendo paga? E tem o lado mulher, né? Queria ver até que ponto conseguia ir, se realmente os homens e mulheres pagariam para me ver. Achava que aquilo era loucura e não ia dar em nada, mas porque não experimentar?”, contou ‘Lili Webgata’ ao G1.

Ela diz que acumulou "muito dinheiro" desde que começou os shows eróticos. “Me tornei empresária e comprei uma loja de roupas”, disse ‘Lili Webgata’, que chegou a fazer shows mais picantes, com hora marcada, ao lado de um namorado “desencanado” que teve. “Um cliente muito especial topou e convidei essa pessoa que estava namorando comigo naquele momento.”
Apesar disso, a mascarada ‘Lili Webgata’ falou que prefere ficar solteira atualmente. “É difícil namorar ou ser casada e esconder de alguém que você faz shows assim. Apesar de não ter envolvimento físico, sempre rola um envolvimento virtual, um namoro sem contato, uma paquera.”
Para ter ‘Lili Webgata’ por 30 minutos na webcam, o cliente precisa desembolsar R$ 70. Adepta de clubes de swingers e musculação, ela conta que nunca aceitou fazer programas. “Não me sentiria bem”, disse.
Ela prefere continuar no imaginário de seus fãs. “Eles me elogiam, sonham comigo. Vou fazer shows enquanto estiver me divertindo. Ultimamente é mais por diversão”, afirmou a stripper virtual, que agora está dando lugar à empresária. “Apesar disso, invisto em tecnologia para tirar a roupa. Recentemente comprei uma webcam em 3D para me verem em três dimensões.”
Questionada se aceitaria um namorado ou marido ganhar dinheiro tirando a roupa como ela faz pelo MSN, ‘Lili Webgata’ respondeu: “Aí você me pegou”.
Durante a semana, o G1 também localizou outra mulher casada que aproveita a ausência do marido para se tornar stripper virtual, mas ela se recusou a dar entrevista ou ceder suas imagens por medo de ser descoberta. (transcrito do G1.com.br)







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